30.6.09

[A ACTUALIDADE DE HÁ 2000 ANOS]


[EU PENSO POSITIVO]

É assim que se pensa positivo!!!!
O que é de facto significativo? O filho que muitas vezes não limpa o quarto e fica a ver televisão, significa que... Está em casa! A desordem que tenho de limpar depois de uma festa, significa que... Estivemos rodeados de familiares e amigos! Não encontro estacionamento, significa que... Tenho carro! As queixas que escuto acerca do governo, significam que... Tenho liberdade de expressão (por enquanto)! O trabalho que tenho em limpar a casa, significa que...Tenho uma casa! As roupas que estão apertadas, significa que...Tenho mais do que o suficiente para comer! Os gritos das crianças, significam que... Posso ouvir! O despertador que me acorda todas as manhãs, significa que... Estou viva! O cansaço no final do dia, significa que... Posso trabalhar!

QUANDO PENSARES QUE A VIDA TE CORRE MAL...REPETE ESTA LEITURA!!!
Finalmente, pela quantidade de mensagens que recebo, significa que...Tenho amigos que pensam em mim!!
Obrigada a todos!


28.6.09

[BOAS RECORDAÇÕES]





As mãos do poeta e mentes brilhantes, Nazarete, Cristina e João

Asas Versus Aspas . EPÍLOGO
Nasci ave. Sou homem por disfarce.
Quis Deus que as minhas asas fossem braços.
Levo no bico um verso a libertar-se
Da voz lírica de êxito em fracasssos.

Meu Estro está, por fim, a aproximar-se
Da Imensidão que voa nos meus passos...
Ninguém mais ouça, pois, a lamentar-se
A lágrima-sorriso em olhos baços!

Alpista nunca foi da Arte a míngua;
Eu já regurgitei a minha língua
Ao ser Poeta – o autor do próprio réu!

Por isso voo. Tenho por prisão
A liberdade, mas do coração...
– Gaiola onde invento o imenso Céu!

Paulo Ilharco

[MISCHA MAISKY]







27.6.09

[MICHAEL JACKSON . I'M TOO SEXY]










26.6.09

[MICHAEL JACKSON]




24.6.09

[HOLOGRAMS AT MIT MUSEUM]

[INTERACTIVE REAL-SIZE HOLOGRAM]

22.6.09

[HOLOGRAFIA]

20.6.09

[É A PODRIDÃO QUE MANTÉM O REGIME]

Jorge Valadas, ensaísta português radicado em França que viveu por dentro o Maio de 68, traça um retrato impiedoso e polémico do século XX nacional em "A memória e o fogo".
O conformismo não encontra lugar na vida e na obra de Jorge Valadas, autor do recente ensaio "A memória e o fogo" (edição Letra Livre), uma incursão desassombrada pelo século XX português.
Nascido em Lisboa há 63 anos, exilou-se em Paris após ter desertado da Guerra Colonial. Desde 1972 tem publicado vários ensaios de índole libertária nos quais a inquietação está sempre presente, como em "O tigre de papel" e "Crónicas portuguesas" (assinados com o pseudónimo de Charles Reeve). Reside entre Paris, Nova Iorque e Tavira.
Analisando o seu percurso, há uma palavra que nos ocorre: insubmissão. As convenções nada lhe dizem? Não possuo património genético de insubmissão, mas carrego um património cultural dos meus anos de adolescência no salazarismo tardio, sistema opressor e asmático. Como outros, fui o produto dessa dinâmica. Hoje onde estão os que partilharam essa dignidade ? Algures… Poucos, os mais visíveis mediaticamente, venderam o que melhor havia neles para aceitarem a normalização, em nome do sacrossanto realismo democrático.
À distância de 40 anos, como vê o Maio de 68, em que participou? Há que fazer uma revelação: o Maio de 68 ainda não acabou, ou melhor, está ainda para vir! Foi um movimento de subversão dos valores e das hierarquias, criado pela vibração da vida quotidiana. Foi um desejo de um mundo novo, de viver de uma outra maneira. Nada a ver com reivindicações quantitativas negociáveis. Em Maio de 68 não me lembro de ter uma única vez olhado para o relógio. Era um presente intenso e que durava.
Optou por uma profissão - electricista - que não lhe manietasse a independência crítica. Foi uma escolha ditada pela consciência?As circunstâncias lá me levaram. A deserção, o exílio, a recusa de optar pelo estatuto de refugiado político, controlado pela Polícia francesa... Enfim, a necessidade de trabalhar para sobreviver. O ofício de electricista deu-me a prova quotidiana que todo o trabalho manual é também trabalho intelectual. Para conceber e realizar uma instalação, o canalizador deve ter capacidades de abstracção e síntese que não são assim tão afastadas das de um universitário banal. Também percebi que o trabalho dito manual me mantinha o espírito livre e motivado para pensar outras questões. Assim foi.
A leitura do nosso século XX em "A memória e o fogo" distancia-se, pela crueza, do que estamos habituados a encontrar. A história social lusitana ainda é ignorada?Se a minha leitura é assim tão insólita, isso levanta outra questão: por que razão esta história é evitada fora de alguns círculos confidenciais, universitários e outros? Tenho para mim que este silêncio faz parte da obra de reconstrução de um passado conveniente e desinfectado. A que Ministério Público convém que se saiba que houve em Portugal, nos primeiros quartéis do século XX, um forte movimento anarco-sindicalista, portador de um projecto utópico de igualdade social e universalista?
No livro, afirma que "a vida actual carrega um passado em ruínas". A tendência actual acentuar-se-á no futuro?A fase actual do capitalismo caracteriza-se pela extracção de lucros fenomenais que são orientados para os sectores especulativos, alimentando redes corruptas. Onde funciona, o neoliberalismo significa o empobrecimento das sociedades, com uma riqueza cada vez mais concentrada. Lê-se hoje nos jornais que, em Portugal, 35% dos pobres é gente que trabalha! Precisa de explicação?
A arrogância atribuída às principais forças políticas é um resquício do passado?As necessidades políticas do neoliberalismo requerem um controlo cada vez mais apertado de sociedades onde as desigualdades aumentam. Por exemplo, o PS renascido dos anos salazaristas ganhou o seu lugar ao sol, não na luta contra o Antigo Regime mas na sua acção contra as tendências radicais. É o partido do 25 de Novembro de 1975. Esta génese marca o partido e os seus 'aparatchiks' até aos dias da corte do vice-rei Sócrates.
Alguns dos problemas que aponta a Portugal são extensivos à realidade europeia, mais a sua "democracia mercantil". Os burocratas de Bruxelas são um óbice ao desenvolvimento e justiça social?A Europa é este espaço capitalista que a queda do Muro de Berlim impôs como necessidade dos centros do capitalismo. Não foi difícil convencer o pessoal das terrinhas da periferia que a sua conversão em europeus ia trazer-lhes vantagens.
As tentativas de manipulação acontecem todos os dias. Ainda embarcamos em futebóis e esquecemo-nos do essencial?O patriotismo efémero do futebol é uma última bóia de salvação num país que se afoga. Mais do que um resíduo do sebastianismo, essa histeria exprime algo de mais concreto, de mais real e imediato, a compensação de um grande vazio, a consciência que se vive numa sociedade que já não tem os meios de existir na forma clássica de Estado-Nação. Reduzida a um golfe para ricos rodeado de subúrbios feios, tristes e cinzentos. Não é manipulação, é desespero de uma sociedade sem fôlego que não acredita em nada.
Acredita que o regime irá cair de podre?Não sou determinista e a política do pior não me convém. Mas é inegável que a vida política é um campo de podridão. Hoje, sem corrupção e especulação não há municípios, não há políticos, não há Estado. Os regimes mantêm-se de pé porque são podres. Cabe a cada um recusar as regras do jogo, não o praticar. Investir as energias e os desejos fora desse campo contaminado, em todas as actividades colectivas e individuais onde ainda se manifestem os valores do tal futuro que mostrou a cara em Maio de 68, no desejo de uma outra vida.


19.6.09

[BEM VINDOS AO MUNDO DO CIRCO]

Partido vai fazer queixa: PS acusa Câmara de Vila Nova de Famalicão de se intrometer na eleição de directores
04.06.2009 - 11h20 Sara Dias Oliveira
O PS de Vila Nova de Famalicão acusa a câmara local de "intrometer-se abusivamente na eleição dos directores das escolas" e vai denunciar as situações de que tem conhecimento à Direcção Regional de Educação do Norte e à Inspecção-Geral de Educação.A estrutura política garante, em comunicado, que a autarquia "prometeu o 'lugar' de director a este ou àquele professor", "pressionou os representantes dos pais e encarregados de educação a votarem neste ou naquele candidato, a troco de subsídios e lugares futuros". "Refere-se um caso em que o mesmo lugar de director foi 'prometido' a duas pessoas distintas", acrescenta. O PS adianta ainda que os representantes camarários saíram dos actos eleitorais "zangados e abespinhados quando as votações não correrem de feição". O vereador da Educação da Câmara de Famalicão, Leonel Rocha, do PSD, "repudia" as acusações e revela que vai pedir às associações de pais e outras da comunidade local que coloquem por escrito se foram ou não pressionadas, para então decidir se levará o assunto a tribunal por difamação. "A câmara está indignada e revoltada com o tipo de insinuações, feitas numa altura de campanha eleitoral, e que nada concretizam". "Como é que num escrutínio secreto se pode pressionar seja quem for?", questiona. O responsável deixa claro que a câmara, com direito a três dos 21 votos para a eleição dos directores escolares, "não abdica de pensar pela sua cabeça e de escolher os melhores candidatos para as escolas".



14.6.09

[A EDUCAÇÃO DO MEU UMBIGO . LANÇAMENTO DO LIVRO DE PAULO GUINOTE]

No dia 17 de Junho, próxima 4ª feira, pelas 21 horas, vai decorrer o lançamento do livro do Paulo Guinote, na Bertrand, Dolce Vita - Coimbra.
Paulo Guinote é o professor que mais incomodou a Sra. Ministra da Educação com o seu blog "A Educação do Meu Umbigo" e que tem servido de apoio à luta dos professores, inclusivamente com o parecer jurídico de Garcia Pereira relativo ao actual modelo de avaliação de desempenho dos professores.
A apresentação do livro com o título igual ao do blog, será realizada por uma SENHORA que também incomodou bastante a mesma Ministra, essa mesma... Presidente do Conselho Executivo da Escola Secundária Dona Maria - Coimbra, a PROFESSORA Rosário Gama.

10.6.09

[ASAS versus ASPAS . PAULO ILHARCO]

PAULO JORGE DIAS NOGUEIRA ILHARCO

Nasceu a 26 de Maio de 1961, na freguesia de S. Bartolomeu, em Coimbra.
Ainda muito jovem, concluiu o curso superior de Línguas e Literaturas Modernas, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, tendo-lhe sido atribuídas bolsas de estudos pelos governos britânico e espanhol.
Desde então, tem vindo a exercer as funções docentes, como professor de português e inglês, em diversas escolas do país.
Livros publicados: Sonetos Imperfeitos (1991) Chão Sagrado - Sonetos-Mais-Que-Imperfeitos (1992) Paranóia - Sonetos do Reencontro (1995) Transgressão - Poemas ao Ocaso (1997) E Nu Sente - Sonetos (E)ternos (2002)Ideias... E Dei-as! - Quadras doídas sem acento no ' i ' (2004) (Os quatro últimos livros com chancela das Edições MinervaCoimbra)
ASAS versus ASPAS (Poema de força na cedilha) é um livro em 9 cantos
Nota do autor: Não me venham com terra nem com mAR! Tenho asas desde a alma ao calcanhAR! – As minhas mãos, Leitor, são p’ra voAR!
Hoje, 10 de Junho, pelas 18h00, na Livraria em Coimbra decorrerá a apresentação deste livro com a Prof. Doutora Maria Clara Murteira e terá a participação musical do pianista João Nogueira.
Queria deixar aqui umas palavras muito pessoais a Paulo Ilharco, uma alma inteliGENTE, vertical e coerente. Bondoso, coisa singular nos tempos que correm em cada frase um poema, um sorriso-flor. Foi com prazer que criei o design gráfico de capa e contracapa de ASAS versus ASPAS . Obrigada.

6.6.09

[POEMA DO AUTOCARRO]



Quantos biliões de homens! Quantos gritos de pânico terror!
Quantos ventres aflitos!
Quantos milhões de litros do movediço amor!
Quantos!
Quantas revoluções na cósmica viagem!
Quantos deuses erguidos! Quantos ídolos de barro!
Quantos!
até eu estar aqui nesta paragem
à espera do autocarro.
E aqui estou, realmente.
Aqui estou encharcado em sangue de inocente,
no sangue dos homens que matei,
no sangue dos impérios que fiz e que desfiz,
no sangue do que sei e que não sei,
no sangue do que quis e que não quis.
Sangue.
Sangue.
Sangue.
Sangue.
Amanhã, talvez nesta paragem de autocarro,
numa hora qualquer, H ou F ou G,
uns homens hão-de vir cheios de medo e sede
e me hão-de fuzilar aqui contra a parede,
e eu nem sequer perguntarei porquê.
Mas...
Não há mas.
Todos temos culpa, e a nossa culpa é mortal.
Mas eu só faço o bem, eu só desejo o bem,
o bem universal,
sem distinguir ninguém.
Todos temos culpa, e a nossa culpa é mortal.
Eles virão e eu morrerei sem lhes pedir socorro
e sem lhes perguntar porque maltratam.
Eu sei porque é que morro.
Eles é que não sabem porque matam.
Eles são pedras roladas no caos,
são ecos longínquos num búzio de sons.
Os homens nascem maus.
Nós é que havemos de fazê-los bons.
Procuro um rosto neste pequeno mundo do autocarro,
um rosto onde possa descansar os olhos olhando,
um rosto como um gesto suspenso
que me estivesse esperando.
Mas o rosto não existe. Existem caras,
caras triunfantes de vícios,
soberbamente ignaras
com desvergonhas dissimuladas nos interstícios.
O rosto não existe.
Procura-o.
Não existe.
Procura-o.
Procura-o como a garganta do emparedado
procura o ar;
como os dedos do afogado
buscam a tábua para se agarrar.
Não existe.
Vês aquele par sentado além ao fundo?
Vês?
Alheio a tudo quanto vai pelo mundo,
simboliza o amor.
Podia o céu ruir e a terra abrir-se,
uma chuva de lodo e sangue arrasar tudo
que eles continuariam a sorrir-se.
Não crês no amor?
?
Não ouves?
?
Não crês no amor?
Cala-te, estupor.
Tenho vergonha de existir.
Vergonha de aqui estar simplesmente pensando,
colaborando
sem resistir.
Disso, e do resto.
Vergonha de sorrir para quem detesto,
de responder pois é
quando não é.
Vergonha de me ofenderem,
vergonha de me explorarem,
vergonha de me enganarem,
de me comprarem,
de me venderem.
Homens que nunca vi anseiam por resolver o meu problema concreto.
Oferecem-me automóveis, frigoríficos, aparelhos de televisão.
É só estender a mão
e aceitar o prospecto.
A vida é bela. Eu é que devia ser banido,
expulso da sociedade para que a não prejudique.
Hã?
Ah! Desculpe. Estava distraído.
Um de quinze tostões. Campo de Ourique.

António Gedeão, Máquina de fogo, 1961

2.6.09

[MUNDO . PACÍFICO]