21.11.08

[IN A LITTLE WHILE . U2]

20.11.08

[CEGUEIRA]

Príncipes, Reis, Imperadores, Monarcas do Mundo: vedes a ruína dos vossos Reinos, vedes as aflições e misérias dos vossos vassalos, vedes as violências, vedes as opressões, vedes os tributos, vedes as pobrezas, vedes as fomes, vedes as guerras, vedes as mortes, vedes os cativeiros, vedes a assolação de tudo? Ou o vedes ou o não vedes. Se o vedes como o não remediais? E se o não remediais, como o vedes? Estais cegos. Príncipes, Eclesiásticos, grandes, maiores, supremos, e vós, ó Prelados, que estais em seu lugar: vedes as calamidades universais e particulares da Igreja, vedes os destroços da Fé, vedes o descaimento da Religião, vedes o desprezo das Leis Divinas, vedes o abuso do costumes, vedes os pecados públicos, vedes os escândalos, vedes as simonias, vedes os sacrilégios, vedes a falta da doutrina sã, vedes a condenação e perda de tantas almas, dentro e fora da Cristandade? Ou o vedes ou não o vedes. Se o vedes, como não o remediais, e se o não remediais, como o vedes? Estais cegos. Ministros da República, da Justiça, da Guerra, do Estado, do Mar, da Terra: vedes as obrigações que se descarregam sobre vosso cuidado, vedes o peso que carrega sobre vossas consciências, vedes as desatenções do governo, vedes as injustças, vedes os roubos, vedes os descaminhos, vedes os enredos, vedes as dilações, vedes os subornos, vedes as potências dos grandes e as vexações dos pequenos, vedes as lágrimas dos pobres, os clamores e gemidos de todos? Ou o vedes ou o não vedes. Se o vedes, como o não remediais? E se o não remediais, como o vedes? Estais cegos.
Padre António Vieira

19.11.08

[ARMADILHA]



Armadilha é um artefacto ou tática utilizada para prender, capturar ou causar algum dano a um ser ou alguma coisa. Armadilhas podem ser objectos, como gaiolas ou buracos e também podem ser metafóricas, na forma de dissimulação em um diálogo por exemplo.
[
editar] Armadilhas físicas
Geralmente estas armadilhas são mecânicas, alguns exemplos:
Gaiolas fechamento automatico, utilizadas para prender um animal, com intenção de obter sua pele ou carne.
Redes, com caminhos afunilados, aprisionam pássaros, insetos ou peixes.
Minas terrestres ou granas camufladas, impedem a passagem de pessoas.
Ratoeiras, criadas para prender ratos.
Uma
porta falsa ou escondida no chão pode levar a uma sala fechada.
in "
http://pt.wikipedia.org/wiki/Armadilha"
Ah! E recebi esta mensagem de e-mail: Avaliação de desempenho‏
De:
noreply@dgrhe.min-edu.pt
Enviada: terça-feira, 18 de novembro de 2008 21:26:25
Para: Exmo(a) Sr(a). Professor.
Com o objectivo de apoiar as escolas na implementação do processo de Avaliação do Desempenho dos docentes, a Direcção-Geral dos Recursos Humanos da Educação disponibiliza a presente aplicação informática a qual irá sendo preenchida à medida que os agrupamentos e escolas não agrupadas vão estruturando o processo. Nesta fase está já disponível a possibilidade de cada docente apresentar os seus objectivos. Uma vez submetidos e tendo em conta o calendário definido em cada Agrupamento/escola, o avaliador do órgão de administração e gestão acede aos mesmos para efeito de validação. A aplicação está disponível no seguinte endereço: https://concurso.dgrhe.min.edu.pt/DefinicaoObjectivos2008. Qualquer dúvida de funcionamento deverá ser colocada ao órgão de gestão, o qual terá apoio através do seguinte endereço: https://concurso.dgrhe.min-edu.pt/PerguntaResposta2
DGRHE

[COMO SE FAZ UM CANALHA]

Conheci-te ainda moço
Ou como tal eu te via
Habitavas o Procópio
Ías ao Napoleão
Mas ninguém sabia ao certo
Como se faz um canalha
Se a memória me não falha
Tinhas o mundo na mão
Alguma gente enganaste (A fé da muita amizade)
Tem também as suas falhas
Hoje fazes alianças
A bem da Santa União
Em abono da verdade
A tua Universidade
Tem mesmo um nome: Traiçao
Um social-democrata
Nao foge ao Grao-Timoneiro
Basta citar o paleio
O major psicopata
Já sao tantos namorados
Só falta o Holden Roberto
Devagar se vai ao longe
Nunca te vimos tao perto
Nunca te vimos tao longe
Daquilo que tens pregado
Nunca te vimos tao fora
Da vida do Zé Soldado
Ninguém mais te peça meças
No folgor dos gabinetes
Hás-de acabar às avessas
Barricado até aos dentes
És um produto de sala
Rasputim cá dos Cabrais
Estas sempre em traje de gala
A brincar aos carnavais
Nos anais do mundanismo
A nossa história recente
Falará com saudosismo
Dum grande Lugar-Tenente
São tudo favas-contadas
No país da verborreia
Uma brilhante carreira
Dá produto todo o ano
Digamos pra ser exacto

Assim se faz um canalha

Se a memória não me falha
Já te mandei pró Caetano

Zeca Afonso

8.11.08

[PELA EDUCAÇÃO LUTAR... CONTRA OS CANHÕES, MARCHAR, MARCHAR!]

1.11.08

[NO CAMINHO COM MAIAKOVSKY]

[…]
Tu sabes, conheces melhor do que eu a velha história.

Na primeira noite eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem: pisam as flores, matam nosso cão, e não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz,
e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.

Eduardo Alves da Costa, “No caminho com Maiakovsky