29.9.09

[MÁRIO VIEGAS]


Mário Viegas (1948-1996)
"A minha vida é o Teatro e o Teatro é a minha vida"


Mário Viegas nasceu "meia hora antes do dia de S. Martinho", como ele próprio costumava dizer com uma ponta de ironia. Homem de teatro, homem de esquerda, amante da poesia, das artes – de todas as artes –, da vida e de um bom copo de tinto. Mário Viegas era, apenas, um homem de excepção, a personificação da irreverência.
"1 de Abril de 1996. Mário Viegas morreu. Era um cómico que levava dentro de si uma tragédia. Não me refiro à implacável doença que o matou, mas a um sentimento dramático da existência que só os distraídos e superficiais não eram capazes de perceber, embora ele o deixasse subir à tona da expressão às vezes angustiada do olhar e ao ricto sempre sardónico e amargo da boca. Fazia rir, mas não ria. Pouca gente em Portugal tem valido tanto."
José Saramago (in Cadernos de Lanzarote)










27.9.09

[ZECA AFONSO]






25.9.09

[O TRIUNFO DOS ANIMAIS . UMA FÁBULA DE ABRIL]


“Quatro patas bom, duas pernas mau”, George Orwell
Era uma vez uma quinta habitada pelos diferentes animais que existem numa quinta. Num passado remoto eclodira aí uma revolução que devolveu a todos os animais a democracia, isto é, a liberdade para se exprimirem e para escolherem aqueles que deviam representá-los e orientá-los na gestão colectiva da quinta. Muito depois desses tempos gloriosos e míticos, a quinta passou a ser administrada por um regedor que foi eleito pela maioria dos seus residentes. Antes de assumir tão grandes responsabilidades, o dito regedor comprometeu-se a trabalhar pelo progresso da quinta e pelo bem-estar de todos aqueles que aí viviam. Mas, após a eleição, esqueceu-se das obrigações e promessas então celebradas e foi transformando, paulatinamente, a quinta que era de todos numa reserva sua.
O tempo foi passando, a maioria das quintas vizinhas prosperando e a reserva do regedor definhando. A falta de trabalho aumentou produzindo um desventurado cortejo de calamidades sociais; as infra-estruturas caducaram; muitos dos melhores ou mais jovens obreiros, não vislumbrando perspectivas de futuro no território da reserva, migraram para paragens mais promissoras; as relações entre o regedor e os restantes animais da reserva deterioraram-se.
Indiferentes aos deprimentes sinais do tempo, o regedor e os seus mais fiéis servidores, irremediavelmente extasiados pelas fragrâncias inspiradas na casa grande da reserva, interiorizaram e publicitaram a sua representação do seu pequeno mundo. Para eles a reserva era uma espécie de oásis celeste exemplarmente governado, embora minado por perpétuas e tenebrosas conspirações.
Depois chegou o inevitável tempo das purgas a adversários e a velhos aliados, que sulcou um fosso ainda mais profundo entre a pequena elite de animais que fruía do poder, dos meios de produção, dos rendimentos e mordomias da reserva e a maioria dos animais sem poder que trabalhavam arduamente e desse modo contribuíam para os proveitos materiais e espirituais da reserva.
Apesar do declínio evidente da reserva e das manifestas incapacidades e iniquidades do regedor, o ambiente de “paz podre” entranhou-se. O medo, a subserviência, a resignação, o pragmatismo, a inveja, a falta de criatividade e de habilidade, tudo isto tolhia os animais entretanto considerados menos iguais a darem o corpo e a alma a um manifesto viável que reivindicasse, pela via democrática, a deposição do regedor. Por sua vez, este, orgulhosamente só, aprendeu, com a experiência e a sua refinada intuição política, a eliminar os putativos sucessores, a silenciar todos os opositores, e, sempre no momento oportuno, a conquistar, sub-repticiamente, o apoio das turbas.
Até que, numa manhã resplandecente de Abril, o destino, sempre tão ardiloso, resolveu alterar este status quo e devolver a esperança a todos os animais da reserva – os quais voltaram a acreditar na possibilidade de resgatar o legítimo significado cívico da ancestral, jovial e promissora quinta dos tempos lendários da revolução.


Luís Torgal
(obrigado amigo!!)

21.9.09

[ELOGIO DO CRETINO]

Devo dizer que gosto de cretinos. Não, garanto que não é por piedade mas por apreço convicto. Talvez com uma pontinha de malícia mas sem acinte nem ferrete. Uma (como dizer?) maneira de tímida ternura.
Afinal – não é verdade? – o cretino é uma espécie humanóide altamente meritória e multifacetada: vive connosco à mão de semear, conhecemo-lo das ruas, vemo-lo na TV, lemo-lo nos jornais… Ele acompanhou sempre nos mais expressos lugares a rude humanidade desde o fundo dos tempos, desde os primórdios da vida. À roda da fogueira lá nas épocas longínquas do período quaternário quando ainda não havia cretinices modernas (televisão, rádio parlamento…) podeis crer que já havia, embora hirsuto um ou outro cretinus sapiens. E pelos tempos fora na idade dos ancestros da pré-história que seria dos inícios adequados da social organização sem um par de cretinos a adorná-la? Seja na arte ou na literatura nos ramos do saber que o mundo louva ou demais regras e ofícios como poderiam os cretinos dispensar-se? Cretino foi, ao acaso o tolo do Caim, ou o pobre do Job ou – na quadra das letras – o bom do Pinheiro Chagas que teve a parvoíce de ser contemporâneo do Eça magricelas. E nos domínios vicejantes da pintura o tremendo Bouguereau, que dizia de Cézanne que este só fazia borradelas. Ou nos salões do espírito sagrado magistral Bossuet, a águia de Mons que Deus tenha bem guardado. Enfim, nobres exemplos de douta cretinice. Pois o cretino é plural e em todo o lado sabe imiscuir-se. (Aqui um aparte para os estudiosos de gabinete: não deve confundir-se o propriamente cretino, cretinus boçalis, com o pedaço-de-asno que, sendo semelhante – a olhares sem estética – claramente pertence a outra espécie cinegética.) Na boa sociedade, naquilo a que se chama a melhor sociedade, a tal que se pauta por livros de etiqueta escritos em geral por excelentes senhoras – às vezes excelentes cretinas – o patarata é um valor seguro: já pensaram que seria das páginas sociais de afidalgados ou mesmo só de notáveis burgueses agregados sem um ror de cretinos e cretinas interessados em lhes saber da folha, em lhes saber dos fados? A vida sem cretinos é como um lar sem pão, teatro sem enredo, jardim sem flores ou passarinhos (olha que imagem cretina!), como dizem as poetisas de arrabalde com vaporosa graça quase divina. Numa recepção de Estado, no salão duma autarquia, numa cerimónia de homenagem a um que nada fez mas morreu tarde ou demasiado cedo, co’os diabos do talento seja na capital ou na feliz província a presença de cretinos é uma jóia sem preço: são os que convictamente mais aplaudem, sem maldade nem cálculo traiçoeiro ou gritam apoiado criando felicidade no elenco inteiro ou mais valia, nas forças vivas da cidade. (E em geral, por ironia do destino o orador habitual é que costuma ser, por sinal o maior cretino!)

Sim. Gosto de palonços. Ei-los que desfilam: na política, no professorado res publica (que, como se sabe, significa coisa pública – dou o esclarecimento não esteja algum cretino a ler-me) o palonço é fundamental. Quem diz palonço diz palonça (explico já não vá alguma feminista cretina pensar que o meu poema a discrimina).

Cretinice pura é algo de adorável como tudo o que é puro: um puro mel, um puro amor, uma pura doidice, uma pura miséria… Mas para que o cretino seja esplêndido necessita de ambiente a condizer: bons ares e boas águas, está claro mas também uma família recheada de atenções e de cuidados, ao velho estilo patriarcal, cultivando modelarmente os sãos e pacientes cretinos valores. Não precisa, todavia de ser fundamentalista praticante desses conceitos sem jaça: ele há tanto cretino oriundo de meios inconvencionais. Como o cacto, o cretino adapta-se a qualquer terreno, por mais adusto que seja! Façamos-lhe justiça: o cretino, digamos, é como um livro aberto – o que ali está não engana. Por isso tantos cretinos, por serem senhores graves e concentrados até chegam a ministros, a assessores, a deputados. (Também sucede que alguns no entanto nunca passam de criados…)
O cretino estimula as próprias artes, as próprias letras. Até a filosofia! Lembremos as expressões fenomenal cretino, cretino piramidal, cretino apimentado, cretino até dizer basta. Enfim, altos jogos verbais como tudo o que o humano engenho inventa. Já houve quem dissesse que ele é como as castanhas: nem sempre as maiores são as mais saborosas! Os cretinos rurais… Os cretinos citadinos… Os cretinos intermédios sociais, profissionais… Os viandantes cretinos… Enfim, não divaguemos!
Vou, então, terminar. Meter um ponto final antes que, impaciente o leitor inteligente me apode gentilmente de redundante ou, até, de chatarrão – espécie de parente maganão que também merece versos!

Nicolau Saião, in “Poemas Omnívoros”

20.9.09

[GIL SHAHAM]






19.9.09

[MANUEL ALEGRE... QUE DECEPÇÃO... PALAVRAS LEVA-AS O VENTO]



Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.
Pergunto aos rios que levam
tanto sonho à flor das águas
e os rios não me sossegam
levam sonhos deixam mágoas.
Levam sonhos deixam mágoas
ai rios do meu país
minha pátria à flor das águas
para onde vais? Ninguém diz.
Se o verde trevo desfolhas
pede notícias e diz
ao trevo de quatro folhas
que morro por meu país.
Pergunto à gente que passa
por que vai de olhos no chão.
Silêncio -- é tudo o que tem
quem vive na servidão.
Vi florir os verdes ramos
direitos e ao céu voltados.
E a quem gosta de ter amos
vi sempre os ombros curvados.
E o vento não me diz nada
ninguém diz nada de novo.
Vi minha pátria pregada
nos braços em cruz do povo.
Vi minha pátria na margem
dos rios que vão pró mar
como quem ama a viagem
mas tem sempre de ficar.
Vi navios a partir
(minha pátria à flor das águas)
vi minha pátria florir
(verdes folhas verdes mágoas).
Há quem te queira ignorada
e fale pátria em teu nome.
Eu vi-te crucificada
nos braços negros da fome.
E o vento não me diz nada
só o silêncio persiste.
Vi minha pátria parada
à beira de um rio triste.
Ninguém diz nada de novo
se notícias vou pedindo
nas mãos vazias do povo
vi minha pátria florindo.
E a noite cresce por dentro
dos homens do meu país.
Peço notícias ao vento
e o vento nada me diz.
Quatro folhas tem o trevo
liberdade quatro sílabas.
Não sabem ler é verdade
aqueles pra quem eu escrevo.
Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.
Mesmo na noite mais triste
em tempo de sevidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.

Manuel Alegre

Trova do vento que passa... E PALAVRAS... MANUEL ALEGRE... QUE DECEPÇÃO... PALAVRAS LEVA-AS O VENTO

[JOHN NASH E RUSSELL CROWE... MENTES BRILHANTES]

BIOGRAFIA

John Nash nasceu a 13 de Junho de 1928 em Bluefield, West Virginia, nos Estados Unidos. O seu pai, também John, era engenheiro eléctrico; a sua mãe, Virginia, era professora. Foi ela quam incentivou a sua curiosidade intelectual, ajudando-o a obter uma boa formação académica.
Na escola, os professores não reconheciam Nash como um prodígio. Consideravam-no, isso sim, como uma criança extremamente anti-social. Aos doze anos, cada vez mais isolado, Nash refugiava-se no seu quarto, dedicando-se a fazer experiências científicas com as quais aprendia mais do que na escola. Por volta dos 14 anos de idade surgiu o seu interesse pela matemática aquando da leitura da obra “Men of Mathematics”, (1937) de
T. Bell.
Em 1941, ingressou na
Universidade de Bluefield onde demonstrou e desenvolveu as suas capacidades matemáticas. Os colegas olhavam-no como um estranho, uma pessoa difícil de entender. Um episódio trágico veio agravar ainda mais o isolamento de Nash: numa explosão causada por uma experiência química levada a cabo por Nash e um colega seu foi mortalmente atingido.
Em Junho de 1945, Nash ingressou na prestigiosa
Universidade de Carnegie Mellon onde lhe foi oferecida uma bolsa de estudos. Iniciou a sua carreira universitária estudando química e depois matemática. John Synge, responsável pelo departamento de matemática, reconhecendo no jovem um grande talento,incentivou-o a dedicar-se à matemática.
Em 1948, foi aceite no programa de doutoramento em matemática em duas das mais famosas universidades dos Estados Unidos:
Harvard e Princeton. A sua escolha recaiu sobre Princeton. Aí demonstrou interesse por vários campos da matemática pura: Topologia, Geometria Álgebra, Teoria do Jogo e lógica. Mas, mesmo em Princeton, Nash evitava comparecer às palestras e aulas. Aprendia sozinho, sem a ajuda de professores ou mesmo de livros.
Ainda antes de acabar o curso provou o teorema do ponto fixo de
Brouwer. Algum tempo depois resolveu um dos enigmas de Riemann que mas perplexidade causava. Em 1949, aos 21 anos, Nash, escreveu uma Tese de doutoramento que, 45 anos mais tarde, lhe daria o Prémio Nobel de Economia. O trabalho, conhecido como o "Equilibrio de Nash" (Non-cooperative games) irá revolucionar o estudo da estratégia económica.
Em 1950, Nash começa a trabalhar para a
RAND Corporation, instituição esta que canalizava fundos do governo dos Estados Unidos para estudos científicos relacionados com a guerra fria. Nash aplicou os seus recentes avanços na teoria dos jogos para analisar estratégias diplomáticas e militares. Simultaneamente continuava a dar aulas em Princeton.
Um ano depois, em 1951, Nashfoi convidado para professor de matemática do
MIT onde trabalhou até 1959. No decorrer da sua estadia no MIT, os problemas psíquicos começaram a agravar-se. Apesar do seu frágil equilíbrio psíquico, em 1953, teve um filho com Eleanor Stier a quem foi dado o nome de John David Stier. No entanto, contra a vontade de Eleanor, Nash nunca se casou. No verão de 1954, Nash foi detido pela policia numa operação de perseguição a homossexuais. Como consequência foi expulso da RAND Corporation.
Em 1957, casou-se com Alicia, uma estudante de física do MIT. Um ano mais tarde, começa a sofrer de
esquizofrenia. Alicia decide, algum tempo depois, divorciar-se continuando embora a ajudá-lo na luta contra a sua doença. Nash teve que desistir do posto de professor no MIT e foi hospitalizado contra a sua vontade. A situação era extremamente irregular. Nash recuperava temporariamente, mas logo depois voltava a sofrer distúrbios mentais. Nos breves intervalos da sua recuperação, produzia importantes trabalhos matemáticos. Em 1958 o seu estado mental agravou-se mas, em 1990, conseguiu recuperar da doença.
Em 1994 recebe, juntamente com
John C. Harsanyi e Reinhard Selten, o Prémio Nobel da Economia pelo seu trabalho na Teoria dos Jogos (Theory of Non-cooperative Games).
Actualmente, mantém-se ligado diariamente ao Departamento de Matemática da
Universidade de Princeton.

UMA MENTE BRILHANTE
Resumo
"Uma mente Brilhante", vencedor de 4 Oscars, baseia-se na biografia de John Nash com Russell Crowe escrita por Sylvia Nasar, e começa com a chegada do jovem Nash à Universidade de Princenton, em 1947. Isolado de todos e tudo, Nash recusa-se a participar nas actividades básicas da Universidade, tais como assistir às aulas, conviver com os colegas, etc. O seu objectivo é a procura de uma "Ideia original".
Incentivado pelo colega Charles a procurar a sua ideia original" fora das quatro paredes do seu quarto, Nash inspira-se em fontes estranhas, como o movimento dos pombos no parque, os movimentos de uma equipa de futebol e até do roubo de uma carteira.





Nenhum destes três estudos o ajuda. Será numa conversa de bar que Nash encontra inspiração para a sua "Ideia Original", uma teoria revolucionária com aplicação à economia moderna e que contradizia 150 anos do reinado de Adam Smith na área.
John Nash recupera da sua doença. E só graças ao amor e dedicação da sua esposa foi possível tal recuperação.
O reconhecimento pelo seu trabalho acontece em 1953, após ter Nash realizado alguns trabalhos no Pentágono a decifrar códigos russos. Ao mesmo tempo, Nash é Professor. Conhece uma aluna, Alicia, com a qual viria a casar e ter um filho. Tudo parecia correr bem com o casal, até que Nash começa a ser perseguido por desconhecidos. Nash não resiste à grande pressão e começa a ficar paranóico.
O resto do filme segue uma trajectória repleta de desafios, onde Nash luta, não só luta contra a esquizofrenia, mas também contra todos aqueles que não acreditavam na sua recuperação. O filme termina com o reconhecimento das suas descobertas, dos seus estudo: o Prémio Nobel de Economia em 1994, pelo seu contributo na Teoria dos Jogos e graças à sua genialidade. Este filme, esta lição, faz-nos crer que o amor, o amor verdadeiro tem um poder emensorável , que obstáculos na vida são por ele superados, que a felicidade está nas pequenas coisas da vida.
ficha técnica:
título original: A Beautiful Mind
gênero: Drama
duração: 02 hs 15 min
ano de lançamento: 2001
site oficial:
http://www.abeautifulmind.com/
estúdio: Imagine Entertainment
distribuidora: DreamWorks Distribution L.L.C. / Universal Pictures / UIP
direção:
Ron Howard
roteiro: Akiva Goldsman, baseado em livro de Sylvia Nasar
produção: Brian Grazer e Ron Howard
música: James Horner
fotografia: Roger Deakins desenho de produção: -->
direção de arte: Robert Guerra
figurino: Rita Ryack
edição: Daniel P. Hanley e Mike Hill
efeitos especiais: Digital Domain
elenco:
Russell Crowe vencedor do Óscar - melhor actor - (JohnNash Jr.)
Ed Harris (William Parcher)
Jennifer Connelly (Alicia Nash)
Paul Bettany (Charles)
Adam Goldberg (Sol)
Vivien Cardone (Marcee)
Judd Hirsch (Helinger)
Josh Lucas (Hansen)
Anthony Rapp (Bender)
Christopher Plummer (Dr. Rosen)
David B. Allen (John Nash Jr. - 13 anos)