26.5.07

[CÁ SE FAZEM...]


Em Portugal tão depressa tem estado sol como faz chuva. A temperatura política muda rapidamente neste rectângulo habitado por funcionários públicos zelosos no seu dever de bufar. Deve ser a melhor forma de combater o frio que faz em carreiras congeladas há tanto tempo. A temperatura também sobe com os indicadores de crescimento económico e desce abruptamente com a taxa de desemprego. Talvez por isso haja muita gente a ficar constipada. No caso de Mário Lino, parece tratar-se de uma gripe mal curada.
A gafe de Sócrates, que deu as boas-vindas aos imigrantes que chegam a "um país cada vez mais pobre", foi rapidamente ultrapassada pela falha de Manuel Pinho, que prometeu empregos em postos de trabalho já ocupados. E esta passou à história quando Mário Lino descobriu um deserto na margem sul do Tejo. Melhor, só mesmo Almeida Santos a antever uma acção terrorista em que uma ponte é dinamitada para impedir os turistas de chegar a Lisboa.Uma semana de Governo Santana Lopes com metade dos espirros verbais desta semana socialista valia uma dúzia de pregos na cruz do "menino guerreiro".
Senhor primeiro-ministro, ponha ordem na casa. Os ministros que governem e falem só quando tiverem autorização do chefe. Ainda assim, cada um deles deve ter uma cábula na pasta, para saber o que pode dizer.O país não pode gastar energias a discutir a importância dos espirros verbais dos seus ministros. Não nos distraiam. Deixem-nos trabalhar. É disso que Portugal precisa.
Paulo Baldaia

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