O interesse dos parceiros públicos e privados tem sido tanto que o orçamento cresceu de 1,5 para 2,3 milhões de euros. Para eles, a Trienal de Arquitectura de Lisboa é uma montra para promover o País, a sua cultura e os seus produtos. Para o grande público, será a oportunidade de apreciar exposições de arquitectos de renome internacional, como Álvaro Siza ou Zaha Hadid, de descobrir novas soluções para velhos problemas das cidades ou de assistir a filmes e espectáculos. A festa tem sede em Lisboa, de 31 de Maio a 31 de Julho, mas estende-se ao Porto e Cascais. O programa foi apresentado ontem.A ideia, lançada há dois anos, partiu do seguinte facto: "a arquitectura portuguesa é reconhecida internacionalmente, mas a maioria da população portuguesa não sabe reconhecer uma obra de arquitectura", lamentou o arquitecto José Mateus, comissário-geral e autor do projecto. Tendo por tema os "Vazios Urbanos", espaços abandonados, ignorados ou caídos em desuso, a trienal pretende mostrar às pessoas como a arquitectura "pode contribuir para a sua qualidade de vida". Existem, aliás, exposições com propostas de cidadãos, de universidades e de arquitectos para locais como o Parque Mayer ou o Aeroporto da Portela.Serão 62 dias de exposições, conferências, debates, workshops, concertos (incluindo de obras inéditas de Mário Laginha e Bernardo Sassetti), cinema e performances.Coincidindo com a presidência portuguesa da União Europeia - conta mesmo com o patrocínio do Presidente da República e será inaugurada pelo primeiro-ministro -, a trienal é financiada, em cerca de 70%, por ministérios (como o da Economia, através do Turismo de Portugal, e o da Cultura, pelo Instituto das Artes), empresas públicas e autarquias, afirmou ao DN o arquitecto José Manuel Rodrigues, da Ordem dos Arquitectos/Secção Regional Sul, entidade que organiza o evento. Gerido por uma sociedade criada para o efeito, o objectivo deste projecto que todos consideram "ambicioso" é não dar lucro nem prejuízo. Conferência já esgotadaAinda antes de abrir, já estão esgotados os 650 lugares para a conferência internacional "O Coração da Cidade", que de 31 de Maio a 2 de Junho trará ao Teatro Camões personalidades como Zaha Hadid, Thom MayneYehuda Safran, Elizabeth Diller, Dominique Perrault, Emilio Tuñon ou Kengo Kuma. Um bom indício de êxito, diz a organização.Todo o programa está disponível no site www.trienaldelisboa.com - e existe até um blogue para comentários mas, como afirmou ontem em Lisboa o arquitecto José Mateus, a melhor sugestão de percurso é "visitar a trienal, visitando a cidade". Ou seja, ir às mostras do Pavilhão de Portugal, Museu da Electricidade e Cordoaria, da Gulbenkian, Culturgest e galerias Luís Serpa e Fernando Santos (parceiros que acolhem exposições e eventos) ou ao Cinema S. Jorge, onde se exibirá Paz, Pão, Habitação, sobre as operações SAAL no pós-25 de Abril.Com bilhetes de 1,5 a 6,5 euros, a Trienal de Lisboa atribuirá ainda seis prémios, sendo o maior deles escolhido por Siza e simbolizado por uma escultura de Pedro Cabrita Reis.
inhttp://dn.sapo.pt/2007/05/23/artes/trienal_arquitectura_desafia_portugu.html
informação complementar - site oficial da trienal - http://trienaldelisboa.sapo.pt/
inhttp://dn.sapo.pt/2007/05/23/artes/trienal_arquitectura_desafia_portugu.html
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